sábado, 4 de junho de 2011

Viagem à superficie do futebol brasileiro

Viagem à superficie do futebol brasileiro

Por: Lucas Rochas §iquilho
Email: lucas.rochas@yahoo.com.br

Resumo do livro: Alexi Portela junior é um aventureiro muito respeitado. Após encontrar um pergaminho deixado por seu pai, ele abandona seus negócios e resolve adquirir um novo hobbie: assumir a caravana do Esporte Clube Vitória.

Aos trancos e barrancos, o aventureiro enfrenta uma situação completamente adversa: o time encontrava-se no centro da terra, no porão do futebol nacional, na casa do estopô. O dilema estava criado: como sair deste cabrunco? O lugar era tão escroto que se o mundo defecasse, lá seria o órgão excretor.

O jovem, que transmitia esperança, angariou um exército de fiéis seguidores e incrivelmente só faltou fazer nevar no sertão de canudos. O ECV voltava à superfície do futebol brasileiro e a esperança havia renascido.

Parecia ser o início de uma nova era: Novas descobertas, crescimentos e realizações. Para que se contentar com o centro da terra se o cume do monte Everest ainda é mais alto? Promessas, planos e projeções; Não seria fácil, mas estava traçado o objetivo. Pura ilusão.

O monte Everest consistia em duas rotas principais de ascensão: pelo cume sudeste, no Nepal (mais curta, chamada rota Copa do Brasil), e pelo cume nordeste, no Tibete (mais longa, chamada rota do Brasileirão). Das duas rotas principais, a sudeste é a tecnicamente mais fácil e a mais frequentemente utilizada. A rota do sudeste era mais fácil, mas não significava que era garantia de chegada. Apesar de não demandar muitos reforços, as adversidades eram enormes. O despreparo para o novo fez o jovem aventureiro sucumbir à mediocridade.

Achando que o cume do everest era facilmente acessível, o aventureiro subestimou as adversidades e abriu mão dos reforços.

Nas primeiras tentativas, em 2008, tudo era novidade. Após um começo avassalador, eis o primeiro insucesso. Ficara evidente a falta de planejamento. Uma nova projeção foi feita, e o ano de 2011 passou a povoar o imaginário de toda a caravana como o ano em que o cume do evereste não passaria de uma daquelas pequenas dunas de jauá.

Em 2009, novas contenções de despesas e, consequentemente um novo insucesso. A desconfiança começava a rondar o território, mas a desculpa estava na ponta da língua: em 2011 tudo mudará. O futuro estava evidente, mas a caravana insistia em acreditar em seu líder. O final da jornada estava tão claro quanto encontrar a esposa na cama com outro, e toda caravana estava tão iludida quanto o marido traído que acredita naquele velho discurso holywoodyano: “Não é nada do que você está pensando!”.

O ano de 2010 parecia que seria normal: a mesma contenção de despesas, as mesmas dificuldades, a mesma falta de planejamento e a mesma falta de vergonha!!Apesar das adversidades, a caravana ECV estava determinada a alcançar o topo.

Logo de início, encarou vertiginosamente a rota mais curta. A falta de reforços qualificados ocasionava um maior esforço físico, e consequentemente os membros foram ficando no caminho. Faltava pouco, e os 8 844 m estavam muito próximos. O topo estava próximo, o sonho seria realizado. Infelizmente a falta de preparo e o planejamento mal elaborado culminaram em mais um insucesso. O fato de ter estado tão próximo poderia ser um estímulo, mas não foi. Logo no início da escalada pelo cume nordeste, no Tibet, uma avalanche derrubou impiedosamente o ECV. Atordoado, voltou a superfície do futebol brasileiro.

As grandes realizações foram sucessivamente sendo apagadas por fiascos simultâneos. O grupo rachou-se e o a arrogância tomou conta do lider aventureiro Alexi Portela. A falta de criatividade simplesmente demonstra a sua limitação e falta de coerência.

Enquanto isso, a caravana ECV encontra-se atordoada e sem direção. Em um momento triste, as trevas encontram-se assustadoramente próxima. O que fazer? Como agir? O que esperar?

Agora só resta a caravana ter fé, unindo-se e lutando. A redenção está logo a frente:

“(...)Nem tão longe que eu não possa ver
Nem tão perto que eu possa tocar
Nem tão longe que eu não possa crer que um dia chego lá
Nem tão perto que eu possa acreditar que o dia já chegou...”

(A Montanha, Engenheiros do Hawaii)

sábado, 28 de maio de 2011

Tá amarrado!

Por : Lucas Rochas §iquilho

E-mail: lucas.rochas@yahoo.com.br

Normalmente costuma-se chamar as pessoas pão duras como mãos de figa, ou seja, mão fechada. A partir disto, deduz-se que nem as unhas poderão ser roídas. Assim sendo, mais dinheiro será gasto, pois assistir partidas do Vitória nesta série B demandará, no mínimo, um marcapasso.

Este conselho eu deixo para meu nobre colega Alexi Portela. Ou abre a mão, ou o final do ano será trágico. Ou contrata com seletividade, ou a coisa ficará preta.

Infelizmente a maior parte da torcida rubro-negra mostra-se passiva. Já não tenho mais paciência, e acho que está na hora de ser mudada esta filosofia. A partir do momento em que uma instituição, independente do ramo, acumula sucessivas derrotas, algo está errado. E este algo necessita ser identificado e mudado.

A derrota para o Icasa deixou bem claro as limitações de elenco do Vitória e deixa uma luz vermelha acesa na toca do leão. O Vitória hipoteticamente é um dos times favoritos ao acesso; Tem o maior orçamento entre os vinte clubes, mas pensa e contrata como se tivesse um orçamento de time pequeno.

O ex-rival vem dando uma aula à diretoria rubro-negra. Não estou aqui para discutir a qualidade dos reforços deles, e sim para questionar: Passamos três anos na série A e nunca tivemos dinheiro para trazer ninguém de peso... sempre a mesma murrinha... Vai entender!

Enquanto isso, a diretoria simplesmente utiliza parte da torcida como massa de manobra e transfere a culpa pelos fracassos sucessivos para os jogadores: Víafara, Elkeson e Vanderson são as principais vítimas desta famigerada diretoria. Os ídolos não são valorizados e temos que aturar jogadores que no máximo são medianos.

Neto baiano é esforçado, muito esforçado e esforçado. Mas só é esforçado. Acho até que estar no banco do Vitória é muito luxo para ele. Até quando teremos que aturar isto? E o pior, o elenco não tem opção de reservas e o Marcelo, que veio do CAP, deixou uma péssima impressão em sua estreia.

E o meio, em? Giovani logo em sua apresentação foi categórico: “Nunca joguei como camisa 10. Me sinto mais confortável como terceiro homem de meio campo, ou segundo atacante, mas aceitarei o desafio”. Até aí, tudo bem. O cara foi sincero, deixou bem claro as suas condições, mas a diretoria sequer se preocupou em reforçar o setor. Aliás, minto. Veio o Nánia, que realmente faz juz ao apelido dado pelo meu nobre colega Fábio Monteiro:

“AS CRÔNICAS DE NÁNIA”

O cidadão não passa de histórias. Futebol que é bom ninguém viu. Aliás, menti novamente, pois a diretoria viu o futebol dele: Foi por DVD, mas viu.

A contratação de Xuxa teve meu apoio; Achei(E AINDA ACHO) uma boa contratação, mas é óbvio que necessitamos de mais meias, e principalmente, de um camisa dez que chame a responsabilidade do jogo pra si e organize as jogadas. Se é pra emendar, deixar o Arthur Maia jogar!(rima fail)

Eduardo neto, Ernani...O problema na lateral esquerda é tão antigo que já o considero crônico, e pouparei comentários. A contratação do Fernandinho teoricamente é boa, pois ele é um bom jogador. Na prática a contratação é errada, pois o histórico recente do jogador mostra que ele ultimamente tem passado mais tempo no departamento técnico do que em campo.

Faz-se necessário visão. Alexi Portela que é tido como um grande empresário, mostra que não tem o mesmo tino para o futebol. Apesar de estarmos no início do campeonato, a competição é de pontos corridos, e a perda imatura de pontos poderá ocasionar um problema á longo prazo.

Estamos atrasados, com o time em formação e novamente a diretoria dormiu no ponto. Toda ano com a mesma história, dizendo que vai abrir os cofres, fará grandes contratações e etc. Pura balela. Agora, simplesmente será necessário se virar nos trinta e corrigir os problemas, sem querer apenas tapar os buracos. Caso contrário, adeus favoritismo.

Deixo bem claro que sou contra o público zero, e acho burrice. Coisa de torcedor tricolorido. Foi cogitado no fórum de discussão do MSMV (movimento somos mais Vitória) entrar no estádio e sair, pois assim não prejudicamos o time financeiramente e conseguiríamos mais destaque na imprensa.

Vamos aderir ao movimento, pois quanto maior o número de pessoas associadas, maior força a torcida terá.

www.somosmaisvitória.com.br acessem!

Quem tem um olho em terra de cego não é rei: É caolho.

Tá amarrado! Se é para enxergar que seja com os dois olhos.

Acorda diretoria!

SRN

A Constatação da Medíocridade

Chegou a hora do torcedor fazer a diferença.

Por: Lucas Rochas §iquilho

lucas.rochas@yahoo.com.br

Um bom tempo sem produzir resenhas sobre o glorioso ECV e reapareço em um momento extremamente desagradável. Como sempre foi, este que vos fala, procura sempre transpor em seus textos a sua humilde opnião. Atualmente, fazendo parte do Movimento Somos mais Vitória, percebo que vários outros torcedores compactuam das mesmas ideias, da mesma angustia e do mesmo sentimento de inquietação acerca dos problemas vividos pelo leão da barra.

Após 05 anos comandando o rubro-negro baiano, Alexi Portela e sua trupe mostram que seus planos e projetos não são compatíveis com a grandeza do nosso clube. A falta de ambição aliada ao desejo de apenas ser mais um clube no cenário nacional fizeram com que o Vitória deixasse de ser um clube forte e respeitado no futebol brasileiro.

Os três anos vividos na série A, simplesmente trouxe à tona a falta de ambição e de planejamento dos nossos dirigentes. Foram três anos frustrantes, onde a chamada “política dos pés no chão” simplesmente foi ineficiente. Principalmente por que esta mesma política nos tirou a chance de levantar o primeiro caneco nacional e da mesma forma que ergueu o leão do porão do futebol nacional, está destruindo o time gradativamente. Aos poucos o time vem perdendo espaço e prestígio e, se a mudança não ocorrer neste momento, os próximos anos serão ainda mais dramáticos.

Infelizmente tenho que ver a diretoria do nosso maior ex-rival dar um banho na diretoria do Vitória. Contratações mais ousadas, pensamento grande. Até “by pass” na contratação de jogadores o jaia está aplicando no Vitória. Ficou extremamente óbvio que a contratação do Nikão pelo jaia foi um ato meramente político, e inteligente, para intensificar a crise administrativa do Vitória e deixar a torcida ainda mais irada.Felizmente, o jogador não fará muita falta, mas o último e vergonhoso caso, da contratação do Eduardo Ramos, do Náutico, mostrou o quanto esta diretoria é fraca e despreparada. Quando esta postura irá mudar? Quando o clube voltar novamente à série c?

Diante de tantos problemas, começamos hoje a segunda rodada do brasileirinho série B com um time repleto de buracos e a diretoria novamente prometendo diversas contratações. Até entendo eles, pois certamente devem estar analisando o campeonato Amazonense, que ainda não acabou, para trazer os nossos reforços.

Enquanto isso, vemos um clube desgastado e sem oposição. Pior ainda, é ver o Paulo Carneiro tirar proveito da situação, reaparecendo no twitter com críticas e sugestões, angariando loucas viúvas e aos poucos ganhando espaço.

Assim sendo, sobrou ao torcedor rubro-negro apenas uma alternativa: se unir. Acredito que o movimento Somos mais Vitória pode ser o catalisador desta reação revolucionária; A força que pode fazer nosso clube sair da inércia. É claro que o processo não será imediato, e mais do que nunca, a paciência será extremamente fundamental nesta caminhada. Não adianta agir de forma descabida e sem planejamento. Discutir ações e estratégias e mostrar que aos dirigentes que a torcida rubro-negra é ativa e está insatisfeita com toda esta sequência de erros é o primeiro passo rumo à mudança. Diferentemente de muitos, a nossa luta não é por interesses pessoais e financeiros e sim pelo amor ao clube.

Indico a todos vocês acessaram o site do movimento Somos Mais Vitória (www.somosmaisvitoria.com.br) para conhecer melhor as ideias, projetos e pretensões.

A ideia é fazer o torcedor ter voz ativa dentro do clube e para que isto ocorra, faz-se necessário ter apoio massivo da maior parte da torcida rubro-negra. A união será importante nesta mudança.

"Os poderosos podem matar uma, duas, até três rosas. Mas nunca deterão a primavera"(Ernesto Che Guevara)

SRN.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

VITÓRIA 3 X 3 CRUZEIRO: A REDENÇÃO DE UM MATADOR

VITÓRIA 3 X 3 CRUZEIRO: A REDENÇÃO DE UM MATADOR.
Por: lucas.rochas@yahoo.com.br


"Pelas circunstâncias da partida foi um bom resultado que nós conquistamos", comentou o atacante Roger.

Em uma Tarde chuvosa, o Vitória voltava a jogar sob seus domínios, almejando a reabilitação na competição e tendo pela frente o Cruzeiro, um adversário empolgado e em ascensão na competição. Apesar da chuva forte que castigava a cidade, pouco mais de 7 mil fiéis torcedores estiveram presentes, sofrendo e vibrando com o leão em uma partida emocionante, e o clima era minimizado pela esperança de um jogo quente por parte do Vitória em um desafio de tirar o fôlego.

Mesmo enfrentando um Cruzeiro desfalcado, Mancini montou um esquema com três volantes, e o Leão veio a campo acuado. Jogar no 4-4-2 em casa com três volantes, e apenas Ramon responsável pela criação das jogadas mostra o quanto Mancini é frouxo. Não fui a favor da sua contratação e o acho limitado. Só monta os times que comanda no 4-5-1 com dois alas ou no 4-4-2 com três volantes e nenhum dos dois esquemas se encaixa com o perfil do elenco atual do rubro-negro.
Não adianta tentar insistir com Jackson como ala direita, pois ele não será o Willians de 2008. Ao menos este erro ele não cometeu novamente ontem. Até agora não entendi o porquê dos três volantes, tendo em vista que nenhum deles aparece como elemento surpresa no ataque, e muito menos chutam de fora da área.

Quando a fase não é boa tudo acaba dando errado. Maldita lei de Murphy!
O gramado encharcado prejudicava o jogo e promoveu uma sessão de quedas.Logo no primeiro lance de ataque da partida, aos 2 min, o Cruzeiro abriu o marcador. confusão no setor esquerdo defensivo do Vitória, Uéllington escorregou, Víafara fez uma grande defesa, mas a bola sobrou livre para Gilberto empurrar com o joelho para o fundo das redes:
VITÓRIA 0 X 1 CRUZEIRO.

Se o esquema tático não era muito bom, o gol sofrido logo no início da partida o desestruturou completamente o time e de maneira desordenada o leão partiu à caça da raposa.Com a ausência do pulmão do time, o lateral Apodi, o aspirante Nino Paraíba assumiu bem a vaga e foi o responsável pela maioria das jogadas de ataque do leão no primeiro tempo. Nino mostrou que sua contratação foi mais um grande investimento, e a meu ver, a diretoria deve mantê-lo no grupo para 2010.

Aos 14 min, Ramon voltou a acertar o pé, cobrando uma falta com perigo da entrada da área, dando muito trabalho ao goleiro Andrey, que colocou para escanteio.
Ramon ainda precisa aprimorar as cobranças de escanteio, pois só manda a pelota nas mãos do goleiro. Com a volta do Leandro Domingues, acho que Ramon deveria ocupar a vaga de um dos volantes da partida de ontem, o que daria mais consistência ao meio. Jogando ao lado de Domingues, o meio teria muito mais qualidade de passe, cadenciando mais a partida e segurando o ímpeto do Grêmio, o próximo adversário. O reizinho se alternaria com Domingues pelo meio, proporcionado à ambos os jogadores a liberdade de se aproximar de Roger e Berola.
Tal modificação garantiria ao time a variação do 4-4-2 para o 4-3-3 ao decorrer da partida.

Aos 9 min, após várias tentativas na área cruzeirense, a bola sobrou para Leandro. O lateral chutou forte, mas o goleiro Andrey tirou com os pés e colocou para escanteio.

O leão bombardeava o time mineiro e a arbitragem bombardeava o Vitória. Faltas invertidas, impedimentos mal marcados, cartões erroneamente aplicados. Assim fica difícil. Aos 34 min, o técnico Vágner Mancini acabou sendo expulso do campo, após reclamar da marcação do árbitro carioca.
"O juiz está usando de dois pesos e duas medidas. Não marcou duas faltas no nosso ataque e marcou duas na nossa defesa que não existiram", declarou o treinador, após a expulsão.
O Vitória precisa se impor, pois a arbitragem está causando sérios danos ao time. Acho um absurdo a CBF escalar árbitros Pernambucanos e Cariocas para apitar partidas de times que estão ocupando posições intermediárias na tábua de classificação.A diretoria deve abrir os olhos, pois esta mesma CBF contribuiu para a queda do Vitória em 2004, quando o Flamengo conseguiu vencer "SURPREENDENTEMENTE" o Palmeiras em São Paulo, escapando da queda após figurar por várias rodadas no Z4.

Aos 37 min, o Vitória quase chegou ao empate. O lateral Nino Paraíba mandou um foguete da entrada da área e o goleiro cruzeirense fez uma linda defesa, mandando para escanteio

O Vitória até chegou a marcar aos 40 min, quando o lateral Leandro chutou errado a bola para o gol e o zagueiro Thiago Heleno acabou colocando para o fundo da sua própria meta. Mas o árbitro já havia marcado o impedimento.
O rubro-negro novamente sufocava e não marcava e aos 46 Neto Berola perdeu mais uma oportunidade, cara a cara com o paredão cruzeirense.Apesar do placar adverso ao fim da primeira etapa, o time atacava e mostrava demonstrava poder de reação, faltando apenas por fim a desorganização. Algumas considerações mereciam destaque:
-Vanderson, super fora de forma, está lento, não consegue acompanhar as jogadas de ataque e ainda não aprendeu a chutar de fora da área. Aliás, ele sequer arrisca um chute ao gol adversário.
-Nino Paraíba, jogou muito, sendo o melhor jogador do time no primeiro tempo. Veloz e raçudo ele deu muito trabalho ao adversário. Nada melhor do que o Campeonato Baiano de 2010 para lapidar o jogador.
-Roger passou a sair mais da área e buscar o jogo. Aprendeu a usar melhor o corpo e esteve raçudo, mostrando que ainda surpreenderia na partida.
-Impedimentos e mais impedimentos. O que justificaria isto? Falta de treinamentos?
Abra o olho Mancine!

Tendo o placar adverso, achei que Mancini promoveria modificações na volta do intervalo, mas o time voltou inalterado, e a partida também. O Leão continuava a atacar de forma desorganizada e o Cruzeiro tentava administrar o placar se mantendo na defesa.
Aos 15 min, quando Leandro cruzou a bola para a área, os atacantes Roger e Neto Berola se chocaram e desperdiçaram a oportunidade de empatar a partida.

Em um lance isolado, aos 17 min, o Cruzeiro voltou a atacar. Fabrício invadiu a área e foi empurrado por Vanderson.
O juiz nem hesitou e sem titubear marcou pênalti. Um lance infantil que mostrou o despreparo físico de Vanderson.
Gilberto bateu forte, no canto direito, sem chances para o goleiro Víafara:
VITÓRIA 0 X 2CRUZEIRO.

O Vitória reagiu rápido e aos 21min, o meia Ramon conseguiu cobrar uma falta com perfeição na cabeça de Roger, que não perdoou:
VITÓRIA 1 X 2 CRUZEIRO
O gol animou o time e a virada parecia apenas uma questão de tempo. Entretanto, Mancini certamente esqueceu de tomar seu remedinho diário e promoveu um show de horrores no Barradas.
Se PCC era um professor pardal, Mancini deve ter feito um curso intensivo com ele.
Primeiro tirou Nino Paraíba (apenas um dos melhores em campo) e colocou Jackson. Antes que questionem que o atleta estava cansado, já está provado que Jackson como meia/lateral direito não dá certo! Quando Mancini desistirá disto?

Em seguida, ele tirou Leandro (que também estava bem) e colocou Elkeson. Leandro enfrenta diversas dificuldades nas saídas de bola do leão, pois sempre está isolado pela esquerda. O único meia esquerda de velocidade no elenco é Willian, e quando ele não joga Leandro fica isolado, o que dificulta e muito a criação de jogadas pela esquerda.Com a saída de Leandro, a zaga acabou ficando sem cobertura pelo lado esquerdo, o que obrigaria um zagueiro a sair em caso de contra-ataques, desprotegendo completamente a zaga. Foi o que aconteceu.

Anderson Martins tentou sair jogando e perdeu a bola. No contra-ataque, o Cruzeiro passeou pela avenida esquerda da defesa rubro-negra, em uma bela jogada de Fabrício que cruzou na marca do pênalti para Thiago Ribeiro bater na saída de Viáfara. Aos 32 min:
VITÓRIA 1 X 3 CRUZEIRO
Antes que questionem a saída de bola do Anderson Maldini, é importante lembrar que ele sempre faz isto, inclusive já beneficiou o Leão em inúmeras oportunidades.
O ERRO ESTAVA NA COBERTURA DA ZAGA, DESPROTEGIDA PELA AUSÊNCIA DE UM LATERAL.

O terceiro gol dos visitantes esfriou de vez o estádio. A chuva que voltara a cair parecia que havia se tornado neve e boa parte dos torcedores começaram a ir embora.
Eu, agora um sujeito superticioso, fui para o ORKONTRO assistir ao final do jogo. Não me arrependi. A dupla Ramon e Roger voltou a brilhar, e o Leão mostrou aos pés-quente ainda presentes, porque é o melhor time do Norte/Nordeste do país. Aos 40 min, o atacante lançou o meia na área, que bateu no canto direito, sem chance de defesa para o goleiro Andrey:
VITÓRIA 2 X 3 CRUZEIRO.
O segundo gol trouxe esperança, e o time passou a correr contra o relógio, e o empate chegou aos 43 min, quando Roger recebeu de Jackson chutou da grande área no ângulo, marcando um gol de placa, levando ao delírio os torcedores que acreditaram e ficaram no estádio até o final do jogo:
VITÓRIA 3 X 3 CRUZEIRO
Roger que por diversas vezes foi duramente criticado fez a diferença, e em duas ocasiões quase virou a partida. Infelizmente a teimosa passou rente à trave em ambas as ocasiões. Com estes dois gols Roger chegou aos 10 marcados na competição e empatou na liderança da artilharia com Marcelinho Paraíba (Coritiba) e Val Baiano (Barueri). A pequena torcida que ainda estava presente mostrou todo amor pelo rubro-negro e incentivou o time, que saiu aplaudido de campo.

Com esse resultado o Vitória chegou aos 29 pontos e ocupa agora a 12ª colocação. Em um contexto geral o resultado acabou sendo ruim, mas pelo que foi a partida o time saiu no lucro.
Espero que tal reação mexa com o brio dos jogadores fazendo com que eles percebam que podem ir muito longe na competição.

A próxima partida, contra o Grêmio no Olímpico, pode ser considerada com uma final, pois o time se encontra no purgatório da competição, estando inclusive mais perto do Z-4 do que do G-4.
Espero também que Mancini não invente demais e monte o time com uma postura de campeão, pois um resultado positivo na próxima partida trará ao grupo a confiança necessária para a briga pela vaga na Copa Libertadores.
AVANTE LEÃO!!!

SRN

FICHA DO JOGO
VITÓRIA 3 x 3 CRUZEIRO
Vitória:
Viáfara; Nino Paraíba (Jackson), Anderson Martins, Fábio Ferreira e Leandro (Elkeson); Vanderson, Magal, Uelliton (Leandrão) e Ramon; Neto Berola e Roger.
Técnico: Vágner Mancini
Cruzeiro:
Andrey; Gil, Leonardo Silva e Thiago Heleno; Jancarlos (Vinícius), Henrique, Fabrício, Gilberto (Fabinho) e Diego Renan; Thiago Ribeiro e Soares (Guerrón).
Técnico: Adilson Batista
Data: 30/08/2009 (Sábado)
Local: Estádio do Barradão, em Salvador
Público: 7.388 pagantes
Renda: R$147.850,00
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (FIFA/ RJ)
Auxiliares: Jackson Massara dos Santos (RJ) e Vinicius da Vitória Nascimento (RJ)
Cartões amarelos: Thiago Heleno, Leonardo Silva, Soares (C); Fábio Ferreira, Roger, Leandro, Uelliton (V)
Cartão Vermelho: Thiago Heleno (C)
Gols: Gilberto, 2min do primeiro tempo e aos 19min do segundo tempo; Thiago Ribeiro, aos 32min, Roger, aos 21min e aos 43min, e Ramon, aos 40min do segundo tempo.

FOTOS POR: EDUARDO MARTINS [www.atarde.com.br/esportes]

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Goiás 3 x 2 Vitória – Quem não faz, toma!

Goiás 3 x 2 Vitória – Quem não faz, toma!
Por: Lucas Rochas §iquilho[lucas.rochas@yahoo.com.br]


"A equipe foi muito melhor no segundo tempo. Tivemos várias chances de ganhar a partida e não fizemos. Fico feliz pela bela apresentação, mas chateado por não termos levado nenhum ponto", lamentou o treinador Vagner Mancini.

Sessão da tarde, ou Vale a pena ver de novo? Já vi este filme/novela antes: O time joga bem, domina a partida, sufoca o adversário, perde gols ridículos, leva um gol no final e perde a partida. Pois é caros rubro-negros, o leão novamente vacilou, deixou de pontuar fora e manteve a seqüência negativa de cinco jogos sem vitórias.

A partida de ontem pode ser vista, analogamente, de outras formas.

-Mega-sena acumulada, $56 Milhões, o cidadão acorda, vai ao banheiro ler seu jornalzinho (quem nunca fez isto?) antes de se preparar para o batente diário, e ao ler o resultado do jogo vê que saiu a numeração que ele costuma jogar a cinco anos, semanalmente. Grita, comemora, sai do banheiro, faz a festa! Quando o dito cujo explica a família, e pede o bilhete premiado à esposa, que costumava fazer os jogos para ele, ouve tristemente que ela perdeu o horário da casa lotérica e não fez a aposta.

-E aquele cidadão, estilo meu colega Gil, que cerca, cerca, cerca, e quando parece que vai vencer a garota fica só chupando dedo. Vem outro do nada e Pimba!Fura o olho do rapaz, que já estava com tudo engatilhado.

-Ou então você conseguir sair com a mulher mais linda que você conhece, a certinha da rua que não dá bola para ninguém e todos desejam, mas na hora dos "rala e rola", quando está cara a cara com as "vias de fatos" percebe que não levou o preservativo, dá uma de Roger e acaba chutando para fora.

Pois é, o cara nada, nada, nada e morre na praia. Entretanto, sendo otimista ao extremo, acho que tudo na vida tem um lado bom, e é isto que procuro absorver do último revés rubro-negro. Na derrota de ontem, no Serra Dourada, o leão voltou a rugir. Havia muito tempo que o time não fazia uma partida muito boa, jogando de forma convincente e mostrando poder de reação ao estar em desvantagem no placar.
Infelizmente, os erros individuais voltaram a acontecer, comprometer e prejudicar o time, o que de forma direta influencia negativamente no placar final da partida.

A partida começou equilibrada, com ambos os times marcando muito no meio-campo. Um erro de marcação do volante Gil facilitou a vida do time alviverde, que aproveitou o vacilo e abriu o placar da partida. Após um maravilhoso passe do meia Léo Lima, o também meia Felipe Menezes saiu na cara do gol, tendo apenas o trabalho de tirar do goleiro Gléguer.
Goiás 1 x 0 Vitória

O Vitória até tentava empatar a partida, mas nitidamente Willian evitava tocar a bola para Roger. Será que o time está começando a perder a confiança nele?
O Goiás, que tem um time arrumado e jogadores diferenciados como Iarley e Léo Lima, chegava pouco, mas sempre de forma perigosa. Em um lance pela direita da defesa rubro-negra, o abusado Iarley gingou, cortou e deixou Apodi no chão. Em seguida levantou a cabeça, viu Fernando sozinho e tocou, deixando-o livre para marcar o segundo dos donos da casa.
Goiás 2 x 0 Vitória

Mesmo com a diferença de dois gols contras o leão não esmoreceu, e continuou em busca do gol, pecando sempre em errar o último passe. Leandro Domingues, que é craque, resolveu este problema sozinho. Em um lance individual passou por dois jogadores, tabelou com o zagueiro adversário e saiu na cara do gol. Com toda calma e categoria que Deus lhe deu (Bem que ele poderia doar um pouco para Roger, né?) ele viu o goleiro se adiantar e deu um toque suave por cima. UM GOLAÇO!
Goiás 2 x 1 Vitória

O gol animou ainda mais o melhor time do nordeste, que passou a dominar as ações da partida. Willian pela esquerda finalizou no canto esquerdo do Goleiro Harley, que espalmou. Em seguida, Jackson isolou após receber sozinho, dentro da área, pela direita do ataque rubro-negro. Em um contra-ataque rápido, Gil (que para mim não jogou nada!) recebeu pela meia direita e foi derrubado por Ramalho, que foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo.

Apesar de ter um jogador a mais e de pressionar muito, o Vitória não conseguiu marcar o gol do empate, e terminou o primeiro tempo deixando a impressão de que o segundo tempo seria promissor.

Sem modificações o time voltou determinado a empatar a partida e partiu para cima do acuado Goiás, que nos contra-ataques respondia à altura e levava perigo. Tendo em vista os passes errados pelo meio e a falta de velocidade no ataque Mancini de uma vez só promoveu duas alterações:
-Gil, que corria o risco de receber o segundo amarelo, deu lugar a Carlos Alberto.
-Willian (que a meu ver deveria ter ficado em campo, pois Jackson estava apagado e deveria sair) deu lugar ao jovem Berola.


As alterações melhoraram o time, e Roger, para variar, perdeu mais um, de cara para o gol. O camisa 23 do rubro-negro finaliza mal com os pés, e pior ainda de cabeça. Com pouco tempo em campo o Endiabrado Berola mostrou que é craque e está disposto a ser titular do time. Dominou perfeitamente a bola, deixando-a parada, quieta sob o gramado.Com uma ginga de corpo, e um habilidoso drible, deixou o adversário no chão. Para finalizar, um belíssimo chute de fora da área, surpreendendo o goleiro adversário.UM GOL DE BOLEIRO.
Goiás 2 x 2 Vitória.

Após o segundo gol rubro-negro o que se viu foi mais um espetáculo de gols perdidos. Domingues, Berola, Apodi e Roger. Não adianta nada jogar bem e não marcar os gols. Este problema tem que ser resolvido, e logo. O Vitória finalizou 19 vezes e o Goiás apenas 9, pena que nem sempre a eficácia e a eficiência andam acompanhadas.

Roger, mesmo estando na cara do gol e tendo traves que costumam ter 7,32m x 2,4m só consegue chutar em cima do goleiro. Ontem, novamente ele recebeu uma bola sozinho, pela direita do ataque, dentro da área, e mesmo tendo o canto todo aberto prefiriu chutar em cima do goleiro Harley. Assim fica difícil. Parece até que ele recebe a bola e chuta de qualquer forma, do jeito que a pelota vem ele manda para o gol, sem sequer olhar para o posicionamento do goleiro.

Muitos leitores devem se perguntar o por quê de só criticar o atacante Roger, sendo que o time finalizou 19 vezes e Berola e Domingues também perderam dois gols cada. É importante lembrar que Berola realmente perdeu dois, mas é reserva e em três chances fez um. Domingues também fez um gol em três chances e não costuma perder tantas oportunidades na cara do gol. Roger é reincidente e por diversas vezes já perdeu gols bisonhos, sendo que a maioria das chances foram de dentro da área.

O antagonismo do placar final pode ser descrito pelo momento do terceiro gol dos donos da casa:
-Do lado Alviverde, o Goiás apenas assistia ao espetáculo de gols perdidos do rubro-negro, a torcida local estava calada, torcendo pela manutenção do resultado e pelo termino do jogo.
-Já do lado rubro-negro, a torcida estava esperançosa, o time dava a entender que logo faria o terceiro, e que na pior das hipóteses sairia com o empate. O time jogava com raça, corria em busca do resultado positivo. Mancini, agitado, empurrava o time com os gritos à beira do campo.

Pois é, o que parecia ser não era, e "quem não fez, tomou". Primeiro Domingues foi expulso em um lance infantil aos 42 min. Em seguida o Goiás em um lance isolado mandou a bola em diagonal, do meio-campo para a área rubro-negra. A zaga estava mal posicionada e o lateral Júlio Cezar apareceu entre Wallace e Apodi, cabeceando no contra-pé do goleiro Gléguer, que nada pôde fazer.
Goiás 3 x 2 Vitória.

Se perder já não é bom, perder jogando melhor que o adversário é pior ainda. Agora é juntar os cacos e pensar no jogo de quarta contra o CAP no Barradas. Infelizmente terei uma prova e não poderei ir, perdendo o meu quarto jogo do leão no ano, mas desejo ao time uma boa sorte!

O primeiro passo para a recuperação foi dado e o time voltou a ter uma postura de campeão. Agora é voltar a jogar bem nesta quarta e impor o mando de campo. A Vitória é indispensável e essencial para a reabilitação, principalmente por que o adversário seguinte ao CAP será o Sport e o time Pernambucano vem muito mal na competição.

AVANTE AOS 9 PONTOS.
VAMOS ACORDAR LEÃO, ESTAMOS CONTIGO!

SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRAS.

ESTATÍSTICAS DA PARTIDA

Goiás X Vitória

44 passes errados 22

9 finalizações 19

14 desarmes 16

3 assistências 1

13 faltas cometidas 17


FICHA DO JOGO

GOIÁS 3 x 2 VITÓRIA

Goiás: Harlei; Valmir Lucas, Ernando e Leandro Euzébio; Vitor, Ramalho, Fernando (Filipe), Léo Lima (Douglas), Felipe Menezes (Gomes) e Julio César; Iarley
Técnico: Hélio dos Anjos

Vitória: Gleguer; Apodi, Anderson Martins, Wallace e Leandro; Magal, Gil (Carlos Alberto), Jackson e Leandro Domingues; Willian (Neto Berola) e Roger (Leandrão).
Técnico: Vagner Mancini

Data: 16/08/2009 (Domingo)
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP) e Vicente Romano Neto (ES)
Cartões Amarelos: Wallace, Anderson Martins, Gil, Magal e Neto Berola (V) Ramalho e Leandro Euzébio (G)
Cartões Vermelhos: Ramalho (G) e Leandro Domingues (V)
Gols: Felipe Menezes, aos 25 min, Fernando, aos 30 minutos, e Leandro Domingues, aos 32 min do primeiro tempo; Neto Berola, aos 13 min, e Júlio César, aos 45 min do segundo tempo.