segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Goiás 3 x 2 Vitória – Quem não faz, toma!

Goiás 3 x 2 Vitória – Quem não faz, toma!
Por: Lucas Rochas §iquilho[lucas.rochas@yahoo.com.br]


"A equipe foi muito melhor no segundo tempo. Tivemos várias chances de ganhar a partida e não fizemos. Fico feliz pela bela apresentação, mas chateado por não termos levado nenhum ponto", lamentou o treinador Vagner Mancini.

Sessão da tarde, ou Vale a pena ver de novo? Já vi este filme/novela antes: O time joga bem, domina a partida, sufoca o adversário, perde gols ridículos, leva um gol no final e perde a partida. Pois é caros rubro-negros, o leão novamente vacilou, deixou de pontuar fora e manteve a seqüência negativa de cinco jogos sem vitórias.

A partida de ontem pode ser vista, analogamente, de outras formas.

-Mega-sena acumulada, $56 Milhões, o cidadão acorda, vai ao banheiro ler seu jornalzinho (quem nunca fez isto?) antes de se preparar para o batente diário, e ao ler o resultado do jogo vê que saiu a numeração que ele costuma jogar a cinco anos, semanalmente. Grita, comemora, sai do banheiro, faz a festa! Quando o dito cujo explica a família, e pede o bilhete premiado à esposa, que costumava fazer os jogos para ele, ouve tristemente que ela perdeu o horário da casa lotérica e não fez a aposta.

-E aquele cidadão, estilo meu colega Gil, que cerca, cerca, cerca, e quando parece que vai vencer a garota fica só chupando dedo. Vem outro do nada e Pimba!Fura o olho do rapaz, que já estava com tudo engatilhado.

-Ou então você conseguir sair com a mulher mais linda que você conhece, a certinha da rua que não dá bola para ninguém e todos desejam, mas na hora dos "rala e rola", quando está cara a cara com as "vias de fatos" percebe que não levou o preservativo, dá uma de Roger e acaba chutando para fora.

Pois é, o cara nada, nada, nada e morre na praia. Entretanto, sendo otimista ao extremo, acho que tudo na vida tem um lado bom, e é isto que procuro absorver do último revés rubro-negro. Na derrota de ontem, no Serra Dourada, o leão voltou a rugir. Havia muito tempo que o time não fazia uma partida muito boa, jogando de forma convincente e mostrando poder de reação ao estar em desvantagem no placar.
Infelizmente, os erros individuais voltaram a acontecer, comprometer e prejudicar o time, o que de forma direta influencia negativamente no placar final da partida.

A partida começou equilibrada, com ambos os times marcando muito no meio-campo. Um erro de marcação do volante Gil facilitou a vida do time alviverde, que aproveitou o vacilo e abriu o placar da partida. Após um maravilhoso passe do meia Léo Lima, o também meia Felipe Menezes saiu na cara do gol, tendo apenas o trabalho de tirar do goleiro Gléguer.
Goiás 1 x 0 Vitória

O Vitória até tentava empatar a partida, mas nitidamente Willian evitava tocar a bola para Roger. Será que o time está começando a perder a confiança nele?
O Goiás, que tem um time arrumado e jogadores diferenciados como Iarley e Léo Lima, chegava pouco, mas sempre de forma perigosa. Em um lance pela direita da defesa rubro-negra, o abusado Iarley gingou, cortou e deixou Apodi no chão. Em seguida levantou a cabeça, viu Fernando sozinho e tocou, deixando-o livre para marcar o segundo dos donos da casa.
Goiás 2 x 0 Vitória

Mesmo com a diferença de dois gols contras o leão não esmoreceu, e continuou em busca do gol, pecando sempre em errar o último passe. Leandro Domingues, que é craque, resolveu este problema sozinho. Em um lance individual passou por dois jogadores, tabelou com o zagueiro adversário e saiu na cara do gol. Com toda calma e categoria que Deus lhe deu (Bem que ele poderia doar um pouco para Roger, né?) ele viu o goleiro se adiantar e deu um toque suave por cima. UM GOLAÇO!
Goiás 2 x 1 Vitória

O gol animou ainda mais o melhor time do nordeste, que passou a dominar as ações da partida. Willian pela esquerda finalizou no canto esquerdo do Goleiro Harley, que espalmou. Em seguida, Jackson isolou após receber sozinho, dentro da área, pela direita do ataque rubro-negro. Em um contra-ataque rápido, Gil (que para mim não jogou nada!) recebeu pela meia direita e foi derrubado por Ramalho, que foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo.

Apesar de ter um jogador a mais e de pressionar muito, o Vitória não conseguiu marcar o gol do empate, e terminou o primeiro tempo deixando a impressão de que o segundo tempo seria promissor.

Sem modificações o time voltou determinado a empatar a partida e partiu para cima do acuado Goiás, que nos contra-ataques respondia à altura e levava perigo. Tendo em vista os passes errados pelo meio e a falta de velocidade no ataque Mancini de uma vez só promoveu duas alterações:
-Gil, que corria o risco de receber o segundo amarelo, deu lugar a Carlos Alberto.
-Willian (que a meu ver deveria ter ficado em campo, pois Jackson estava apagado e deveria sair) deu lugar ao jovem Berola.


As alterações melhoraram o time, e Roger, para variar, perdeu mais um, de cara para o gol. O camisa 23 do rubro-negro finaliza mal com os pés, e pior ainda de cabeça. Com pouco tempo em campo o Endiabrado Berola mostrou que é craque e está disposto a ser titular do time. Dominou perfeitamente a bola, deixando-a parada, quieta sob o gramado.Com uma ginga de corpo, e um habilidoso drible, deixou o adversário no chão. Para finalizar, um belíssimo chute de fora da área, surpreendendo o goleiro adversário.UM GOL DE BOLEIRO.
Goiás 2 x 2 Vitória.

Após o segundo gol rubro-negro o que se viu foi mais um espetáculo de gols perdidos. Domingues, Berola, Apodi e Roger. Não adianta nada jogar bem e não marcar os gols. Este problema tem que ser resolvido, e logo. O Vitória finalizou 19 vezes e o Goiás apenas 9, pena que nem sempre a eficácia e a eficiência andam acompanhadas.

Roger, mesmo estando na cara do gol e tendo traves que costumam ter 7,32m x 2,4m só consegue chutar em cima do goleiro. Ontem, novamente ele recebeu uma bola sozinho, pela direita do ataque, dentro da área, e mesmo tendo o canto todo aberto prefiriu chutar em cima do goleiro Harley. Assim fica difícil. Parece até que ele recebe a bola e chuta de qualquer forma, do jeito que a pelota vem ele manda para o gol, sem sequer olhar para o posicionamento do goleiro.

Muitos leitores devem se perguntar o por quê de só criticar o atacante Roger, sendo que o time finalizou 19 vezes e Berola e Domingues também perderam dois gols cada. É importante lembrar que Berola realmente perdeu dois, mas é reserva e em três chances fez um. Domingues também fez um gol em três chances e não costuma perder tantas oportunidades na cara do gol. Roger é reincidente e por diversas vezes já perdeu gols bisonhos, sendo que a maioria das chances foram de dentro da área.

O antagonismo do placar final pode ser descrito pelo momento do terceiro gol dos donos da casa:
-Do lado Alviverde, o Goiás apenas assistia ao espetáculo de gols perdidos do rubro-negro, a torcida local estava calada, torcendo pela manutenção do resultado e pelo termino do jogo.
-Já do lado rubro-negro, a torcida estava esperançosa, o time dava a entender que logo faria o terceiro, e que na pior das hipóteses sairia com o empate. O time jogava com raça, corria em busca do resultado positivo. Mancini, agitado, empurrava o time com os gritos à beira do campo.

Pois é, o que parecia ser não era, e "quem não fez, tomou". Primeiro Domingues foi expulso em um lance infantil aos 42 min. Em seguida o Goiás em um lance isolado mandou a bola em diagonal, do meio-campo para a área rubro-negra. A zaga estava mal posicionada e o lateral Júlio Cezar apareceu entre Wallace e Apodi, cabeceando no contra-pé do goleiro Gléguer, que nada pôde fazer.
Goiás 3 x 2 Vitória.

Se perder já não é bom, perder jogando melhor que o adversário é pior ainda. Agora é juntar os cacos e pensar no jogo de quarta contra o CAP no Barradas. Infelizmente terei uma prova e não poderei ir, perdendo o meu quarto jogo do leão no ano, mas desejo ao time uma boa sorte!

O primeiro passo para a recuperação foi dado e o time voltou a ter uma postura de campeão. Agora é voltar a jogar bem nesta quarta e impor o mando de campo. A Vitória é indispensável e essencial para a reabilitação, principalmente por que o adversário seguinte ao CAP será o Sport e o time Pernambucano vem muito mal na competição.

AVANTE AOS 9 PONTOS.
VAMOS ACORDAR LEÃO, ESTAMOS CONTIGO!

SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRAS.

ESTATÍSTICAS DA PARTIDA

Goiás X Vitória

44 passes errados 22

9 finalizações 19

14 desarmes 16

3 assistências 1

13 faltas cometidas 17


FICHA DO JOGO

GOIÁS 3 x 2 VITÓRIA

Goiás: Harlei; Valmir Lucas, Ernando e Leandro Euzébio; Vitor, Ramalho, Fernando (Filipe), Léo Lima (Douglas), Felipe Menezes (Gomes) e Julio César; Iarley
Técnico: Hélio dos Anjos

Vitória: Gleguer; Apodi, Anderson Martins, Wallace e Leandro; Magal, Gil (Carlos Alberto), Jackson e Leandro Domingues; Willian (Neto Berola) e Roger (Leandrão).
Técnico: Vagner Mancini

Data: 16/08/2009 (Domingo)
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP) e Vicente Romano Neto (ES)
Cartões Amarelos: Wallace, Anderson Martins, Gil, Magal e Neto Berola (V) Ramalho e Leandro Euzébio (G)
Cartões Vermelhos: Ramalho (G) e Leandro Domingues (V)
Gols: Felipe Menezes, aos 25 min, Fernando, aos 30 minutos, e Leandro Domingues, aos 32 min do primeiro tempo; Neto Berola, aos 13 min, e Júlio César, aos 45 min do segundo tempo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

VITÓRIA 2 X 0 CORITIBA - "LEÃO INTERNACIONAL"

VITÓRIA 2 X 0 CORITIBA - "LEÃO INTERNACIONAL".
Por: Lucas Rochas §iquilho[lucas.rochas@yahoo.com.br]

"Quando a gente é amigo do porteiro e da faxineira, todos no clube torcem pela gente. Sem vaidade, sem nada, é isso o que eu procuro fazer aqui" - Ricardo Silva.

Após 12 anos o Vitória voltou a representar o estado em uma competição internacional e mais uma vez honrou sua camisa, voltando a representar bem a Bahia, mostrando que realmente é o orgulho do estado. Motivado pelo espírito do treinador interino, e competente Ricardo Silva, o time pôs fim a uma seqüência negativa de cinco partidas sem vitórias e deu um grande passo rumo à segunda fase da competição.
Por Falar em Ricardo Silva, a trajetória dele pelo Vitória me deixa muito contente e esperançoso, pois me traz ótimas recordações do inicio de Péricles Chamusca pelo rubro-negro. Como acredito que nada acontece por acaso, e tudo tem à sua hora, futuramente espero ver o Ricardo à frente do grupo, efetivado como treinador e deixando transparecer todo seu jeitão de "boleiro" e sua simplicidade para os jogadores.

O Coritiba, adversário da noite, também trazia no banco um treinador interino, e todos os holofotes estavão voltados para as cabines de honra, onde ambos os clubes contavam com a presença dos novos treinadores: Vagner Mancini e Ney Franco, respectivamente, recém contratados por Vitória e Coritiba, observando seus novos comandados.

Passados 19 dias, ambos os clubes voltavam a se enfrentar, desta vez por uma competição Internacional, e a magra vitória do leão diante do Coritiba, no próprio Barradas pelo brasileiro, já deixava claro que a partida não seria fácil e o adversário mais uma vez seria "osso duro de roer".
Com as palavras, Ricardo Silva:
- "O Coritiba, jogando com três zagueiros, estava nos marcando muito. Nosso time conseguia chegar, mas estávamos displicentes no último passe." – avaliou, em entrevista ao site oficial do clube.

Como o Ricardo fez perfeitamente a leitura do jogo, fica complicado dizer muita coisa.
O primeiro tempo da partida foi morno. O Vitória até que tentava, mas pouco acertava. Do outro lado, o Coritiba só marcava.
O que me chamou atenção nestes 45 minutos iniciais foram o posicionamento e a postura do time em campo.
Apodi voltou a jogar na lateral, da mesma forma que conseguiu se consagrar pelo leão em 2007. Marcou, apoiou e novamente foi o motor do time.

Willian, muito veloz, puxando os contra-ataques, dando uma maior movimentação ao meio.

A zaga esteve muito bem, mostrando muita segurança.Anderson Maldini voltou a jogar bem, Wallace novamente esteve impecável. Ficou comprovado que os zagueiros estavam com dificuldade em se adaptar ao esquema com três zagueiros.

O Time voltou a atuar com a marcação adiantada, pressionando a saída de bola adversária.

E o jogador mais surpreendente da partida, a meu ver, foi o Robinho. Marcou, apoiou, correu.Mostrou a todos que pode muito bem ser o reserva imediato do Leandro.

No mais a etapa inicial foi monótona e como poucas chances reais de gol.
-Aos 32, Roger perdeu um de dentro da pequena área, chutando de primeira por cima, após cruzamento do Robinho.
-Na casa dos 20 minutos, o coxa deu seu único chute do primeiro tempo e levou perigo ao gol rubro-negro.
- Aos 42, o rubro-negro voltou a assustar a defesa do Coritiba quandoo lateral Apodi carregou a bola pelo lado direito e chutou cruzado de fora da área, Edson Bastos espalmou para escanteio.

Aos 47, o arbitro Paraguaio Carlos Galeano pôs fim à etapa inicial. Aliás, a arbitragem dele foi muito boa. O futebol brasileiro está viciado, repleto de jogadores cai-cai e de faltinhas bestas marcadas. O cidadão deixou o jogo correr e soube conduzir bem a partida. Que sirva de exemplo para a arbitragem local.

Fim do intervalo, empate sem gols e time voltando a campo sem modificações.
Eis o segundo tempo, sob a óptica do treinador interino Ricardo Silva:
"No intervalo, corrigi o posicionamento do time, e fomos felizes que o Uelliton conseguiu fazer o gol em uma cobrança de falta" avaliou, em entrevista ao site oficial do clube.Pois é, como o próprio Ricardo disse, nada melhor do que um gol no inicio da etapa complementar para desmontar o bloqueio defensivo adversário.
Logo com 1 minuto e Leandro Domingues foi derrubado na entrada da área, sendo assinalada a falta. Na cobrança, Uelliton chutou com força e se aproveitou do desvio na barreira para surpreender o goleiro Edson Bastos e marcar o 100º gol do Vitória em jogos oficiais neste ano e o primeiro na partida.
VITÓRIA 1 X 0 CORITIBA.
O rubro-negro se motivou com o gol e partiu em busca do segundo, sufocando o alviverde paranaense. Por duas vezes o leão ficou no quase e a torcida com o grito de gol entalado na garganta:
Aos 15, Anderson Maldini acertou o travessão em uma bela cabeçada. Em seguida, Willian mandou um foguete de dentro da área, pelo lado esquerdo, exigindo uma grande defesa do arqueiro alviverde.

De tanto insistir o leão chegou ao seu segundo gol. Aos 26 minutos, o vôvô Jackson estufou as redes, fazendo a alegria da pequena, mas participativa torcida rubro-negra presente no santuário. Em uma cobrança rápida de falta, Roger, completamente impedido saiu da jogada, deixando Jackson livre para arrancar rumo à felicidade. Jackson, cara a cara com o gol finalizou e brocou: VITÓRIA 2 X 0 CORITIBA
Jackson ao finalizar ainda tinha a opção de tocar para Roger que estava sozinho e com o gol aberto(Ver foto abaixo). APÓS OS SUCESSIVOS GOLS PERDIDOS PELO CENTRO-AVANTE RUBRO-NEGRO, O QUE VOCÊ FARIA? CHUTARIA EM GOL OU TOCARIA PARA O ROGER? DEIXEM SUAS OPNIÕES NOS COMENTÁRIOS.Após o segundo gol, o leão tentou ampliar a vantagem, mas o placar permaneceu inalterado. A vitória por dois gols de diferença concede ao rubro-negro a possibilidade de perder por até um gol de diferença na partida de volta, no Couto pereira. Entretanto, mesmo com a vantagem a seu favor, o Vitória deve se impor, buscando a vitória e não tentando apenas administrar o resultado. Agora é absorver esta Vitória, o novo comandante e transforma-los em animação, motivação. Domingo o leão terá pela frente um adversário em alta, e nada melhor do que terminar o turno como começou, vencendo fora de casa.

Ricardo Silva venceu novamente à frente do leão da barra e além de dar as boas-vindas a Mancini, que assistiu ao jogo dos camarotes, o interino fez questão de dedicar o triunfo a Carpegiane.
-" O Mancini é um amigo que eu conheci aqui no Vitória. Fomos campeões baianos no ano passado e fizemos um bom trabalho no Brasileiro. O importante é ter amigos. A idade passa, a vida passa e nós devemos preservar os amigos. É isto que eu faço no futebol. Inclusive, esta vitória também é de outro amigo que fiz aqui no clube, Paulo César Carpegiani" completou.
Comandando o rubro-negro Ricardo Silva tem um ótimo retrospecto:

09 partidas disputadas
07 partidas pelo Campeonato Baiano
01 partida pela Copa do Brasil
01 partida pela Copa sul americana
08 VITÓRIAS [Casa: 05 / Fora: 03] => [03 GOLEADAS]
00 EMPATE
01 DERROTA [Casa: 00 / Fora: 01]
25 Gols Feitos [Casa: 12 / Fora: 13]
╚═> Média de 3,13 gols feitos por partida
06 Gols Sofridos [Casa: 00 / Fora: 06]
╚═> Média de 0,50 gol sofrido por partida
Saldo: 20 gols

Aproveitamento:

CASA: 100%
FORA: 75%
GERAL: 89,50%***

FICHA DO JOGO

VITÓRIA 2 x 0 CORITIBA

Vitória:
Gléguer; Apodi, Anderson Martins, Wallace e Róbson (Nino Paraíba); Vanderson, Uelliton, Leandro Domingues e Jackson; Willian (Bida) e Roger.
Técnico: Ricardo Silva.

Coritiba:
Edson Bastos; Cleiton, Pereira, Demerson; Márcio Gabriel (Rodrigo), Douglas Silva, Guaru, Pedro Ken (Renatinho) e Carlinhos Paraíba; Marcos Aurélio (Leozinho) e Bruno Batata.
Técnico: Édison Borges

Data: 13/08/2009 (quinta-feira)
Local: Estádio do Barradão, em Salvador
Público: 6.130 pagantes
Renda: R$106.510,00
Árbitro: Carlos Galeano (PAR)
Auxiliares: Rodney Aquino (PAR) e César Franco (PAR)
Cartões amarelos: Pereira, Gauru, Demerson (C) Leandro Domingues, Uelliton (V)
Gols: Uelliton, no primeiro minuto, e Jackson, aos 27min do segundo tempo

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Vitória 2 x 2 Fluminense – O empate dos nervos

Vitória 2 x 2 Fluminense – O empate dos nervos.
Por: Lucas Rochas §iquilho[lucas.rochas@yahoo.com.br]

Vitória e Fluminense protagonizaram na tarde de ontem uma partida extremamente emocionante. Muita velocidade, contra-ataques, e lances perigosos para ambos os lados, que tentavam por fim a crise.
Uma coisa é certa, após presenciar tal jogo no Barradão tenho convicção de que estou com o coração forte, e não sofro de problemas cardiovasculares, pois a partida foi de tirar o fôlego.

Em um domingo que havia começado ensolarado, com stock car pela primeira vez em salvador, e apenas 7.850 rubro-negros presentes e convictos de que esta seria a retomada do leão na competição, dez minutos antes do início da partida e o lindo céu azul deu lugar a uma enorme nuvem preta sobre o santuário do leão da barra. Seria este um mau presságio?
XÔ URUCUBACA!

Muito criticado, Carpegiani acabou cedendo às pressões da torcida e da imprensa, escalando logo de início Willian e Vanderson no time titular e Apodi novamente na ala direita.
Com tais mudanças a postura do time foi completamente diferente. Mais veloz e determinado, o glorioso rubro-negro partiu logo para cima do fluminense, disposto a decidir o jogo e acabar com a série de partidas sem vencer. Após muito tempo o time entrava em campo com a marcação adiantada e sufocava a saída de bola do adversário. Tamanha disposição fora logo revertida em gol, em uma tabelinha entre Roger e Willian, onde o camisa 20 rubro-negro saiu de frente para o gol e enfiou o pé, abrindo o marcador após 03 jogos sem o leão balançar as redes, acalmando a nervosa torcida:
Vitória 1 x 0 Fluminense.O Gol, que deveria estimular o leão, surtiu efeito contrário e o time simplesmente se acomodou. O Fluminense, que tem um bom time, não sei por que está nesta situação, se aproveitou e começou a explorar o potencial individual de seus jogadores Conca, Roni, Kieza e Ruy, que passaram a infernizar a defesa do leão.
Apesar de estar vencendo o leão se mostrava inseguro, faltava confiança.
Erros e mais erros da zaga que cortava mal as bolas, ocasionava diversos contra-ataques ao Fluminense que soube aproveitar e empatou a partida com Luiz Alberto. Mais uma vez a zaga cercou, cercou, cercou, mas não marcou, apenas olhou o adversário trabalhar a bola dentro da área.
Vitória 1 x 1 Fluminense.

O gol do adversário desestabilizou ainda mais o leão, que de forma desordenada tentava virar o primeiro tempo em vantagem, mas não conseguia levar muito perigo ao gol do goleiro Fernando Henrique. Apodi, no lance mais perigoso quase marcou um golaço,as o chute passou rente à trave.
A nuvem preta ainda encobria o Barradão, e o gol não saia:
Que Urucubaca desgramada!

Fim do primeiro tempo, e vaias. Não apoiei, mas grande parte da torcida não estava satisfeita. Seria necessário mudança de postura do time, e PCC foi em busca disto.
Por sinal, não entendo o porquê das duras críticas ao trabalho feito por ele. Apenas questiono o fato de vir reclamar a público, o que realmente acaba desestabilizando o grupo. Mas temos que convir que a diretoria[que, diga-se de passagem, tem feito um excelente trabalho!] desta vez vacilou, e acabou se acomodando com a boa campanha do time, esquecendo de reforçar ainda mais o grupo. Entretanto, pela partida de ontem, não percebi nenhum motim, ou algo parecido, no grupo. Falta o time ter mais calma, a crise vai passar.

Na volta do intervalo, incrivelmente a nuvem preta desapareceu. Seria um bom sinal? Parecia que sim.
PCC, percebendo o bom momento, sacou um zagueiro e mandou a campo o jovem Berola, uma ótima substituição. Por sinal, como havia dito no tópico anterior, acho que o Vitória deveria mudar o esquema tático, com a eliminação de um volante, a manutenção dos 03 zagueiros e a entrada do Berola, dando mais velocidade ao ataque e fazendo aproximação ao centro-avante cone Roger, que sendo sincero, foi até bem ontem. Cometeu umas gafes básicas, afinal de contas ele continua sendo o Roger, um jogador limitado.

A entrada de Berola fez com que o time se movimentasse mais, deu mais velocidade às jogadas e animou o leão, que passou a ter o domínio da partida. Logos aos três minutos o cone Roger quase marcou de cabeça, em lançamento de Victor Ramos.
O jovem Berola ditava o ritmo do Vitória e estava disposto a garantir de uma vez por todas a sua vaga no time titular e por fim a série sem vitórias do leão. O moleque estava endiabrado. Caía pela direita, pela esquerda, pelo meio, batia escanteio.
Por falar em escanteio, alguém sabe me dizer se o Vitória treina este fundamento? Todos os jogadores se concentram no meio da área, na mesma posição. Ninguém povoa o primeiro pau, nem o segundo. Ninguém fica na sobra. Assim, a marcação fica fácil.

Se por um lado a entrada de Berola fez bem ao ataque, por outro, a saída do zagueiro Fábio Ferreira fez mal a zaga. O terceiro zagueiro do time ficava justamente na sobra, e com a saída dele os erros teriam que ser minimizados, e os cortes eficientes, o que não aconteceu. Victor Ramos continuava “espanando” as bolas, e o Fluminense se aproveitava disto.
Em um lance isolado, com um lançamento de tiro de meta, o fluminense fez o seu segundo gol calando o Barradas.
Vitória 1 x 2 Fluminense

Porque todo zagueiro marca a bola, ao invés de marcar o adversário? Vai entender.

Dois minutos depois, Apodi apareceu. Estava sentindo falta do “maluco beleza” jogando bem e fazendo suas jogadas em velocidade pela direita. No primeiro tempo o sacaninha quase marcou um golaço naqueles seus chutes de perna esquerda. E no momento mais importante ele levantou a cabeça, viu Domingues sozinho e deu um passe açucarado. Domingues[que é craque] demonstrou todo o nervosismo do grupo e finalizou errado, mas o cone Roger chegou a tempo de empurrar para o fundo das redes, marcando seu nono gol no certame, pondo fim a série de 5 jogos sem marcar e empatando a partida.
Vitória 2 x 2 Fluminense.SÓ ASSIM PARA ROGER NÃO PERDER!

Após o gol, PCC agiu certo ao tirar o cansado Willian, mas errou ao colocar Ramon, pois a meu ver deveria ter colocado Bida. Ainda assim, Ramon entrou bem. Centralizou as jogadas, fez com que o time trabalhasse mais a bola, apareceu na área, tentou driblar. Um tempo no banco de reservas e era notável a diferença.

O jogo, este havia se tornado uma partida Kamikaze. O Vitória atacava muito, mas com um zagueiro a menos, e sem o meia esquerda, o lateral Ruy conheceu a avenida esquerda da defesa rubro-negra, e comprovou que os rubro-negros presentes estavam com a saúde em dias do ponto de vista cardiovascular.

O jogo seguia nervoso e as oportunidades surgiam sucessivamente para ambos os lados: Apodi, em um foguete acertou a travessão. O Fluminense não ficou atrás, e acertou a travessão do leão com Roni. O jogo continuava nervoso, e a torcida tensa sequer conseguia piscar os olhos. O Vitória tinha domínio da posse de bola, mas não conseguia ser eficiente nas finalizações e ainda dava espaços na zaga.

Domingues quase marcou um golaço, mas Fernando Henrique estragou a festa rubro-negra. Outro que estragou a festa, mas do Fluminense, foi Gléguer em outra grande defesa.
O arqueiro rubro-negro fez uma excelente partida. Cansei de dizer que poderíamos confiar nele.

Por fim, Bida entrou no lugar de Domingues. O Vitória continuava dominando a passe de bola, mas não era eficiente na criação e nas conclusões das jogadas. Parte da torcida, já sem esperança, começava a sair do santuário rubro-negro quando Berola, o endiabrado da tarde, sofreu uma falta na entrada da área. Confesso que não quis ver o lance, e fiquei lá enrolado em minha bandeira, abaixado, concentrado. Ramon, Bida e Leandro na bola. Pela distância, o ideal seria Leandro ou Ramon cobrarem. Ramon cobrou, mal, diga-se de passagem.
Ramon, com a idade avançada não tem mais velocidade, ainda tem um bom passe, mas não entendo porque perdeu a precisão nas cobranças de faltas.
Este fundamento deveria ser o trunfo dele, pois depende única e exclusivamente da técnica. Aliás, um gol àquela altura, poderia até mesmo garantir uma vaga entre os jogadores de confiança do treinador.
Já conformado com o placar, e ansioso pelos quatro minutos a mais de acréscimos mantive-me esperançoso. Só saio quando o juiz apita, e isto já me rendeu frutos maravilhoso, como no caso mais recente, aos 47 minutos contra o Grêmio. Desta vez, quase o feitiço virou contra o feiticeiro, e se não fosse o goleiro Gléguer, eleito a muralha da rodada, amargaríamos uma derrota.
GLÉGUER FOI ESPETACULAR!FEZ DUAS DEFESAS MARAVILHOSAS, AOS 48 MINUTOS DO SEGUNDO TEMPO, GARANTINDO ASSIM O RESULTADO!Parabéns Gléguer. Sempre compromissado, nunca reclamou da reserva e sempre honrou seus compromissos.

Fim de jogo, mais um resultado ruim, distância aumentada para o G-4[agora de 5 pontos] e início das críticas e especulações.
Não achei o time tão mal, mas nervoso, despreparado psicologicamente. É necessário mexer com os brios dos atletas, sacudir o elenco e mostrar que eles são capazes, afinal de contas, 15 rodadas no G-4 não são por acaso.

Não tenho motivos para creditar a falta de vitórias a PCC, que a meu ver, tem feito o que pode para fazer o time voltar a vencer. Agora é ter paciência e trabalhar.Sobre as especulações de treinadores, não sou a favor da demissão de PCC, mas caso isto venha a acontecer, acho que Mancini não seria o nome ideal. Considero Mancini um excelente treinador, mas se questionam problemas de PCC com os atletas, com Mancini tais problemas se evidenciaram e agravariam. Ramon, Uéllington, Bida, Jackson e mais alguns jogadores do elenco possuem problemas com o treinador e isto pode se agravar criando uma antipatia maior por todo elenco.

Renê Simões, demitido ontem do Coritiba, também não acho o nome ideal. Acredito que a diretoria não deve apostar em nenhum dos dois citados anteriormente. Podem ter certeza que se PCC cair, um nome não especulado pode surgir. Nelsinho Batista, ou algum técnico emergente pode aparecer. E até mesmo a tão esperada efetivação do Ricardo Silva, que já trabalhou com grandes treinadores e conhece todo o grupo.

Uma coisa é certa, neste momento tão conturbado temos que apoiar o grupo. O time de 2009 completará o primeiro turno com menos pontos que o time de 2008, mas em contrapartida terá tempo suficiente para e reerguer da crise e voltar a brigar pelo G-4, o que não foi possível em 2008, pois a crise aconteceu durante o segundo turno, e quando o futebol havia voltado já era tarde demais.

Acredito em um crescimento do time e a volta ao G-4. Agora é determinar as prioridades entre Brasileiro e Sulamericana, ou entrar para vencer o coxa por uma boa diferença de gols nesta quinta, podendo assim poupar alguns jogadores chaves, como Domingues, no jogo de volta.

Acorda Leão, estamos contigo.

SRN


VITÓRIA 2 x 2 FLUMINENSE

Vitória: Gléguer; Wallace, Fábio Ferreira (Neto Berola) e Victor Ramos; Apodi, Vanderson, Uelliton, Leandro Domingues (Bida) e Leandro; Willian (Ramon) e Roger.
Técnico: Paulo César Carpegiani

Fluminense: Fernando Henrique; Ruy, Edcarlos, Luiz Alberto e Augusto; Diogo, Wellingon Monteiro, Marquinho e Conca (Tartá) (Diguinho); Roni e Kieza (Alan).
Técnico: Renato Gaúcho

Data: 09/08/2009 (domingo)
Local: Barradão, em Salvador
Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa-RS)
Auxiliares: Paulo Ricardo Conceição (RS) e José Silveira (RS)
Renda: R$ 159.000,00
Público: 7.853 pagantes
Cartões amarelos: Victor Ramos (V) Augusto, Diogo (F)
Gols: Willian, aos 14min, e Luiz Alberto, aos 29min do primeiro tempo; Roni, aos 8min e Roger, aos 10min do segundo tempo

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Barueri 4 x 0 Vitória – Vamos colocar os Pontos no “i”

Barueri 4 x 0 Vitória – Vamos colocar os Pontos no "i".
Por: Lucas Rochas §iquilho [lucas.rochas@yahoo.com.br]


Estou puto da vida! Por vários motivos, principalmente porque nos últimos três jogos, foram três derrotas, nove gols sofridos e nenhum marcado. Abaixo enumerarei alguns observações sobre o time e esta queda de rendimento.


01) ADEUS ROGER:

Sem condições. O time levando de dois e o cidadão consegue acertar a trave na cara do gol. Após "furada" de Domingues, sozinho, manda em cima do goleiro e perde mais um. É desastrado, não tem velocidade, perde todas por cima, por baixo.
Não sou de culpar apenas um jogador, mas este rapaz saturou.
Fora!Contratação já!


02) - E A ZAGA?
- VAI MAL, OBRIGADO!
Fábio Ferreira fez uma ótima partida contra o SPFC, conquistou a vaga em campo, e hoje foi uma negação! Não subiu no primeiro gol, marcou a bola no quarto, vacilou e quase ocasionou a expulsão do Gléguer, errou muito! Deveria ter saído e não o A. Maldini.
Wallace precisa acompanhar o adversário mais de perto e evitar que o mesmo entre na área, para o desarme. Vacilou no segundo gol, mas não foi muito mal na parida.
Anderson Martins não comprometeu, foi o mais regular e erroneamente foi substituído por Victor Ramos, que vacilou no terceiro gol, ao não chegar junto do atacante adversário.
A ZAGA PRECISA ACORDAR, CHEGAR JUNTO E NÃO DAR TANTOS ESPAÇOS.


03) PORQUE INSISTIR TANTO PELO MEIO?

Três zagueiros, seis meio-campistas e dois alas. Porque não utiliza os alas e insistem tanto em jogadas pelo meio? Porque não seguir o que foi treinado, sem invenções?
É bom alguém avisar a Magal que ele não é Zidane. Solte a bola meio filho, deixe de invenções.

E Vanderson? Onde foi parar o pitbull?


Uma coisa é certa, foi só deixar de utilizar a velocidade de Apodi ela direita e o time perdeu completamente a velocidade na saída de bola. Aliás, toda vez que Apodi coloca esta escova progressiva o futebol dele cai de produção!(Uma piada sem graça para adoçar).


04) MUDANÇAS NO TIME TITULAR

Willian, Bida e Neto Berola titulares já, nas respectivas vagas de Magal, Carlos Alberto e Roger.
O time jogaria com apenas um volante, a meu ver, Uéllington, teria mais qualidade no passe, com Bida, e velocidade pelo meio, com Willian.


05) PAULO CÉSAR CARPEGIANI

"Estamos precisando de um time mais forte. Isso já foi passado à diretoria, mas está difícil encontrar jogador para qualificar o elenco", reclamou Carpegiani. "Estou tentando encontrar um jogador para atuar no ataque, mas não estamos encontrando, por isso testamos algumas peças", disse o treinador.

Simplesmente ele não teve culpa nenhuma hoje, e por incrível que pareça tem razão. O desequilíbrio do time é notável, mas todos em erros individuais. Se a zaga falha em quatro gols e Roger perde três de cara, ele não pode fazer nada.
A diretoria não trouxe nenhum centro-avante para disputar a vaga com o nosso cone, e Itacaré, que poderia roubar a vaga deu azar, e se contundiu. Paciência. Robert, Berola, Elkeson, Edson, todos atacantes, nenhum centro avante.
Não adianta vir a imprensa de merda, ou os corneteiros, o trabalho deve ser mantido e a crise deve ser enfrentada de frente. Primeiro por que uma crise em uma competição de pontos corridos é normal, segundo por que mudar treinador não resolve nada.
Para que exemplo melhor que o Avaí, várias rodadas na zona de rebaixamento e manteve o treinador?Agora estão colhendo os frutos desta decisão acertada. Espero que a diretoria tenha pulso e se espelhe nisto.
Estava agora ouvindo a resenha em uma rádio, após a entrevista de Pcc, e me espantei ao ouvir os "cronistas" pedirem Jackson, após toda a crítica feita, e a eleição de pior em campo, após a partida contra o SPFC. Inclusive, pediram Ramon como titular, e isto nem comento.


06) TORCIDA E IMPRENSA

Vamos ser coerentes! Em menos de um mês o Vitória deixou de ser provável campeão para ser candidato a zona de rebaixamento. A torcida reclama, mas sequer comparece ao estádio.
Cheguei ao ponto de ouvir pedidos do tipo: Fernandão; Comparações com a receita do Flamengo; Dizer que o Vitória está cheio de dinheiro a diretoria é pão dura. Críticas surreais, torcida surreal.
Por isto o Vitória ainda não foi campeão brasileiro. A torcida não comparece, para ajudar na receita, e em grande parte só quer cornetar.
Como disse a um coroa, que disse que o Vitória cairia, ao fim do jogo:
"QUER TORCER POR TIME DE SÉRIE B, VIRE JAIA PORRA! NÃO AGORE MEU VITÓRIA."

E a nossa imprensa, que, diga-se de passagem, acha-se o centro do mundo, e que tem o poder de mudar tudo quando bem quer, procure seu lugar.
Toda vez é assim, procurando plantar crises, ou agravar uma situação difícil. Agora quer derrubar PCC, brincadeira. Espero que a diretoria não caia nesta onda e mantenha o bom trabalho que vem sendo feito.
Como diz Tostão, um dos melhores cronistas esportivos do país, "É MUITO FÁCIL, VIR DEPOIS DO JOGO OPNAR. DIFÍCIL É ESTAR LÁ, VIVER A REALIDADE".


07) DIRETORIA

Vamos contratar! Precisamos de um centro-avante matador, e mais um meia de criação e velocidade. Leandro Domingues está ficando sobrecarregado e o elenco não possui nenhuma peça de reposição a altura.
Aproveito para elogiar o trabalho dos mesmos, em reestruturar o clube e manter os salários em dias, mesmo com a receita da CBF bloqueada judicialmente.


08) CAMPEONATO BRASILEIRO OU COPA SUL-AMERICANA?

Sem peças de reposição à altura, ficou evidente que uma das duas competições terá que ser priorizada. Eu prefiro o Brasileiro. A Sul Americana é só Status.


09) DESGASTES FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E AUTO-ESTIMA.

Aos nove minutos do primeiro tempo, o "querido" Roger já estava com a mão nos joelhos, cansado. Aos 17, foi a vez de Domingues repetir a cena. A zaga, só acompanhou de longe e cometeu muitos erros. Está na hora da diretoria investir em tratamentos fisiológicos para o grupo.
Outra coisa, o grupo é muito novo, a imprensa é "enxamista" e a torcida corneteira. Uma coisa puxa a outra, e se o psicológico do grupo não for tratado, vai ocorrer o famoso efeito dominó, em todos os sentidos.
Deve-se mostrar ao grupo que esta situação, em uma competição como estas, é normal e reversível. Tranqüilidade, treinamentos específicos, incentivos e palavras de confiança são extremamente importantes em uma situação destas.


10) A PARTIDA DE HOJE

Um jogo feio, o Barueri não jogou para vencer por goleada, a zaga errou tudo que podia na competição, Roger novamente perdeu muitos gols, o Vitória mais uma vez jogou com a marcação do meio-campo recuada, Gléguer fez uma excelente partida, o time insistiu muito em entrar pelo meio da área e consequentemente errou muitos passes, não utilizou nenhum dos dois alas, Fábio Ferreira foi pior do que Luciano Almeida, Roger pior que Trípodi, Berola jogou para ser titular, Bida também, Vanderson foi mal, Magal delegado, se achando Zidane, errou muitos passes, Leandro Domingues, que vinha sendo o maestro do time, estava morto, Quando a situação é desfavorável nada ajuda.
Aproveito para expor minha opnião em relação a times como Barueri e Santo André: MERECEM SER REBAIXADOS.
Uma competição renomada como esta e os dois time com uma média torcida ridícula, abaixo dos 3 mil pagantes. Chega a ser vergonhoso.

11) PARA O DOMINGO

Partir para cima do Fluminense, e espantar de vez esta crise. A vitória é importantissima, e qualquer outro resultado pode agravar uma crise interna. Vacilos, erros individuais e gols desleixos devem ser evitados.
Apesar dos pesares, o Vitória tem time para ficar entre os quatro. A crise acabou surgindo bem antes, em relação a 2008, e de certa forma isto é muito bom, pois permite ao time se recuperar e voltar ao G4.

Mais do que nunca o time precisa do apoio de todos domingo, e se quer vaiar, melhor ficar em casa. Se não acredita e não confia no time, ou acha que vai para a série b, arrume um melhor para torcer, pois certamente pessoas deste tipo não farão falta para o leão. Vire jaia e vá ver o que é sofrer, ou vire misto e vá pagar pau de um time do eixo sul-sudeste, mesmo sabendo que eles odeiam baianos, mas para de cornetar o grandioso leão da barra.

Deixa eu ir, dormir de cabeça inchada. Como dia Franciel, "PUTA QUE PARIU A MULHER DO PADRE".

SRN.

FICHA DO JOGO

BARUERI 4 x 0 VITÓRIA

Barueri:
Renê; Marcos Pimentel (Bruno Ribeiro), André Luis, Leandro Costa e Márcio Careca; Xandão, João Victor (Márcio Rã), Ewerton e Thiago Humberto; Luis (Otacílio Neto) e Fernandinho
Técnico: Estevam Soares

Vitória:
Gleguer; Wallace, Fábio Ferreira e Anderson Martins (Victor Ramos); Apodi (Bida), Vanderson (Neto Berola), Magal, Carlos Alberto, Leandro Domingues e Leandro; Roger.
Técnico: Paulo César Carpegiani
Data:06/08/2009 (Quinta-feira)
Local: Estádio Arena Barueri
Público: 2.180 pagantes
Renda: R$ 25.020,00
Árbitro: Pablo dos Santos Alves (RJ)
Auxiliares: Jackson Lourenço Massara dos Santos (RJ) e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ)
Cartões amarelos: Márcio Careca, Ewerton e Xandão (B); Gléguer, Wallace, Carlos Alberto e Neto Berola (V)
Gols Luiz , aos 2min e aos 40min do primeiro tempo; Otacílio Neto, aos 32min, e Thiago Humberto, aos 47min da etapa final

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Vitória 0 x 1 São Paulo: O fim da invencibilidade em casa

Vitória 0 x 1 São Paulo: O fim da invencibilidade em casa
Por: Lucas Rochas §iquilho [lucas.rochas@yahoo.com.br]


Um jogo muito equilibrado, duas contusões inesperadas, uma substituição mal-sucedida e um gol solitário que culminou no término da invencibilidade rubro-negra sob seus domínios neste brasileirão. Através destes quatro acontecimentos podemos sintetizar o que foi esta partida.

Em situações diferentes na competição, o São Paulo estava em uma crescente, vindo de 4 resultados positivos, enquanto o leão estava sem vencer há duas partidas e pretendia vencer, mantendo assim o bom retrospecto dentro de casa e a sua permanência no G-4 da competição.

O rubro-negro desfalcado do volante Uéllington e do zagueiro Victor ramos, promovia a estréia do Zagueiro Fábio Ferreira (Vindo do Grêmio) e do reforço de Roger (Ausente por cláusulas contratuais, pois seu passe pertence ao clube Paulista).
O jogo começou duro e tenso, com o rubro-negro logo de cara partindo para cima do time São Paulino, que extremamente "macetoso", administrava a posse de bola, quando a tinha sob domínio e esfriava o jogo, com toda categoria dos meias Hernanes e Marlos.
Após três partidas o Vitória voltava a jogar com a marcação adiantada, e o Itacaré se movimentava bem na marcação da saída de bola.

Entretanto, o São paulo possuía um cinturão defensivo na zona intermediária, dificultando completamente a ligação entre os meias e o centro-avante rubro-negro. Diferentemente das últimas partidas, PCC abriu mão de ter um segundo atacante e de um meia de aproximação de ofício, escalando Jackson que atuava extremamente recuado pela direita, cobrindo os avanços do ala Apodi, que deixou de ser ala e acabou se tornando um meia avançado, praticamente um atacante.
Eu particulamente prefiro Apodi na direita, vindo de trás em velocidade e criando jogadas ofensivas extremamente perigosas. Assim, a marcação nele se torna muito difícil. Apodi como meia, ou segundo atacante, se torna um jogador limitado, que não sabe driblar mano a mano, perdendo sua característica de velocidade e a habilidade de driblar em velocidade.

Como nas últimas partidas, o lateral esquerdo Leandro tem aparecido bem, e sempre com perigo e por duas oportunidades quase o Vitória marcava. Em uma delas o lateral saiu em velocidade pela esquerda, tabelou e recebeu à frente, cruzando em diagonal para o Lateral Apodi que chegou atrasado.

Enquanto o Vitória detinha o domínio da posse de bola, mas não chegava com muito perigo, o São Paulo cadenciava o jogo, e por duas vezes Borges ficou cara a cara com o gol de forma extremamente perigosa:
No primeiro lance, foi desarmado maravilhosamente pelo zagueiro estreante Fábio Ferreira, que por sinal, fez uma grande partida.
No segundo lance, em um cruzamento pela direita, o atacante novamente apareceu só, desta vez no segundo pau, e cabeceou de forma bisonha para fora.

Sem conseguir furar o bloqueio defensivo do tricolor paulista, o rubro-negro tocava bem a bola, mas não conseguia ter contato com o menino Itacaré, e não fazia o óbvio para partidas como esta: Arriscar de fora da área. Aliás, na única vez que tentou, o chute de Vanderson saiu forte e à queima roupa, e o goleiro Dennis acabou batendo roupa, mesmo com o chute vindo no meio do gol.
Por sinal, Vanderson deveria treinar mais chutes de fora da área.

O primeiro tempo chegava ao fim quando Jorge Vagner executou uma linda cobrança de falta e Viáfara, milagrosamente, fez uma defesa espetacular. Infelizmente o arqueiro rubro-negro acabou sofrendo uma contusão em um dos dedos da mão esquerda e acabou saindo de campo chorando. Tal fato decretou o fim do primeiro tempo.
Na volta do intervalo, o leão voltou com apenas uma alteração: O goleiro Gléguer assumiu o posto do arqueiro Viáfara, contundido. A partida continuava "encardida" e nenhum dos dois times chegou ao gol adversário com perigo eminente de gol. O Vitória, com mais dificuldades que no primeiro tempo, não conseguia criar e o atacante rubro-negro mantinha-se isolado. Falando em Itacaré, após uma bola alçada na área pelo lateral Apodi, o garoto acabou sentindo uma lesão muscular, e se tornou mais uma baixa no time rubro-negro. Bida o substituiu e com pouco tempo em campo já era notória a mudança do time.

Com Bida em campo, o time ganhou muito na qualidade dos passes, passou a trabalhar a bola com mais velocidade e a ter mais triangulações pela esquerda, com Leandro e Domingues. Se por um lado o time ganhou na qualidade do passe, por outro, perdeu em referência de área, e o polivalente maluco beleza Apodi, loucamente, diga-se de passagem, acabou se tornando o centro-avante do time. A partir daí, o time começou a se desorganizar taticamente.
Uma coisa é certa, a entrada de Bida apenas constatou o que a maioria dos torcedores já sabiam: ELE É TITULAR ABSOLUTO NESTE TIME.
Com um maior toque de bola, mas sem referência na área, estava quase que evidente a entrada do jovem Neto Berola, único atacante disponível no banco, no lugar de um dos meio-campistas, preferencialmente o Jackson que não fazia uma boa partida. Mas não foi o que aconteceu.
Inexplicavelmente Apodi foi substituído por Ramon, e vejam só a salada de frutas:
-O time permaneceria sem um atacante de referência na área.
-Jackson e Wallace passariam a revezar na lateral direita.
-O meio campo ficaria extremamente congestionado.
-Sem laterais de ofício na direita, o melhor seria explorar mais a esquerda.

Logo após a terceira, e última, substituição, veio o balde de água fria. Em um lance isolado, após conter um ataque paulistano, Jackson "inventou" de cruzar uma bola na frente da área (Vale salientar que este foi o primeiro fundamento que aprendi a NÃO FAZER quando comecei a jogar Futsal na infância), a bola foi roubada e lançada na direita da zaga rubro-negra para o veloz atacante são-paulino Dagoberto, que gingou para a direita à frente do zagueiro Wallace e mandou um CHUTE PERFEITO E INDEFENSÁVEL.
VITÓRIA 0 X 1 São Paulo.

O erro de Jackson foi fatal, e errar contra um time como o São Paulo é praticamente assinar o próprio atestado de óbito. Apesar da pouca idade, os jogadores do São Paulo possuem um alto grau de maturidade, e sabem esperar o melhor momento para dar o "bote" no adversário. Aliás, apesar do grande grupo, individualmente cada jogador deles fazem a diferença, e tal fator acabou se tornando preponderante.
Após o gol o que se viu foi uma série de erros, ocasionados pelos ataques massivos e desesperados do rubro-negro em busca do empate.
Sem referência de área, por diversas vezes a bola chegava à linha de fundo, e a jogada tinha voltar, por não existir ninguém na área, ou acabava sendo alçada à área sem sucesso.
O São Paulo, satisfeito, se conteve em garantir o resultado, pondo mais um volante em campo, Arouca e aumentando o bloqueio defensivo.

O Leão até tentou, mas não deu, e pelo segundo ano consecutivo o São Paulo acaba com a invencibilidade do rubro-negro em casa. O Péssimo resultado fez com que o Vitória caísse para a 7ª Colocação, deixando o São Paulo empatado com o rubro-negro com os mesmos 24 pontos.

Faço questão de deixar bem clara a minha posição em relação ao Paulo César Carpegiane, que vem fazendo um excelente trabalho a frente do Vitória, mesmo enfrentando diversas dificuldades.
O Treinador, que conta com um elenco limitado, vem tirando leite de pedra, e aceitou o desafio de assumir o leão, mesmo com o clube tendo a 5ª pior folha salarial da Série A.
(Foto por: http://valmerson.files.wordpress.com/2009/07/070521carpegiani_bolas.jpg)
Recusou propostas do Palmeiras, Flamengo, Atlético Paranaense e Qatar, respeitando e honrando o seu compromisso com o clube, provando que tem palavra.
Com a saída de Neto baiano, Roger e Itacaré se tornaram os únicos centro-avantes do clube. Com apenas 4 zagueiros, e 3 suspensos, chegou ao ponto de escalar dois meios-campistas na zaga, e sequer veio reclamar publicamente.
Conseguiu montar um time competitivo, que já foi elogiado pela maior parte dos adversários e que ainda vai trazer muita alegria ao torcedor. Basta esperar!

Outro que foi duramente criticado, o atacante Itacaré, fez uma boa partida, mas infelizmente entrou em uma partida dificílima, onde o meio-campo estava preso e sem inspiração. Acabou ficando isolado e ainda deu o azar de se contundir. Apesar dos pesares, mostrou que tem mais mobilidade do que o Roger.
Para finalizar, quero lembrar que apesar de estar na 7ª colocação, apenas Grêmio e Inter estão à frente do Vitória em relação à vaga da Copa Libertadores. O Corinthians, atual campeão da Copa do Brasil já tem a sua vaga assegurada, justamente pos isto é importante torcer para que eles atrapalhem todos os outros concorrentes diretos do leão.

Apesar da derrota, a partida foi extremamente equilibrada e decidida por um pequeno detalhe. Após duas derrotas consecutivas, o treinador deverá ter pulso, e segurar os ânimos do time, que é novo e inexperiente. A competição, como todos sabem, é longa, e uma crise ao decorrer da mesma é certa e esperada por todos os clubes. Como as chamadas "gordurinhas de sobra" foram alcançadas, o objetivo é não se recuperar, e não se afastar muito dos lideres.

O próximo adversário, o Barueri, se encontra na mesma situação, tendo perdido uma partida a mais e a partida será de seis pontos. Agora vai ser partir para cima do adversário, que tem um belíssimo estádio, mas não tem torcida.


O goleiro Víafara, com uma luxação no dedo, desfalcará o leão por um período entre 14 a 15 dias.

ACORDA LEÃOOOO!!!!
ESTAMOS CONTIGO!

FICHA TÉCNICA DO JOGO

VITÓRIA 0 x 1 SÃO PAULO

Vitória
Viáfara (Gléguer), Fábio Ferreira, Anderson Martins, Wallace; Jackson, Magal e Leandro Domingues, Vanderson e Leandro; Itacaré (Bida) e Apodi (Ramon)
Técnico: Paulo César Carpegiani

São Paulo
Dênis, Renato Silva, André Dias, Richarlyson, Jean, Júnior César, Hernanes (Arouca), Jorge Wagner (Hugo), Eduardo Costa, Dagoberto, Borges (Marlos).
Técnico: Ricardo Gomes

Data: 02/08/2009 (domingo)
Local: Barradão, em, Salvador
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL)
Auxiliares: Carlos Jorge Titara da Rocha (AL) e Ivaney Alves de Lima (SE)
Cartões amarelos: Ânderson Martins e Itacaré (V); Eduardo Costa, Jorge Wagner e Richarlyson (S)
Gol: Dagoberto, aos 28 min da etapa final